O novo governador do
Maranhão, Flávio Dino (PC do B), tomou posse fazendo
críticas indiretas à família Sarney e anunciando a edição de 17 medidas
provisórias, decretos e projetos de lei.
Uma dessas proposições prevê a criação
de regras para a transição de governo, com uma lista de informações que deverão
ser repassadas obrigatoriamente ao sucessor ao final de cada mandato.
Durante a atual transição, Dino e seus
auxiliares reclamaram da falta de transparência no repasse de dados pela equipe
da ex-governadora Roseana Sarney (PMDB), que renunciou ao cargo no último dia
10 de dezembro.
Ele disse que está criando obrigações
para si mesmo a fim de evitar que isso se repita no futuro. "Não quero que
mais ninguém sofra o que nossa equipe sofreu no período que mediou entre esta
data e o dia 5 de outubro [dia de sua eleição]", afirmou.
O novo governador diz estar preocupado
com a falta de justificativas de alguns gastos do governo anterior. "Até
hoje tem contas do governo sobre as quais nós não temos informação. Só no mês
de dezembro foram gastos mais de R$ 480 milhões em despesas, e não tem qualquer
tipo de informação sobre isso", disse.
Em referência ao predomínio do grupo de
Sarney no poder, Dino declarou que "o fim dessa era que se passou tornará
a alternância de poder algo frequente".
Outra medida anunciada no plenário da
Assembleia é um projeto de lei para a criação do programa "Mais Bolsa
Família-Escola".
A proposta prevê o pagamento de uma
complementação anual, equivalente a uma parcela do benefício federal, para ser
utilizada para a compra de material escolar. "No Maranhão que queremos não
terá mais crianças indo descalças para a escola. Todas elas têm direito a ter
uma mochila repleta de cadernos, livros, lápis de cor e sonhos", afirmou
Dino.
Em discurso no Palácio dos Leões, sede
do governo maranhense, Dino prometeu chamar a partir desta sexta-feira (2)
cerca de mil aprovados em concurso da Polícia Militar promovido pela gestão
anterior, mas até hoje não convocados.
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