O presidente da Câmara Municipal de São Luis, Astro de Ogum (PR), recebeu, na
manhã desta segunda-feira (20), uma comissão liderada pela presidente do
Sindicato dos Professores do Município de São Luis, Elizabeth Castelo
Branco e pelo presidente do Sindicato dos Funcionários e Servidores Públicos
Municipais (Sinfusp), Francisco do Vale, com quem discutiu uma saída para o fim
da greve dos educadores, deflagrada há quase um mês,
A classe não aceita a contraproposta de
reajuste salarial apresentada pela Prefeitura.
As demais categorias não estão em
greve, mas reagiram negativamente ao percentual de apenas 2% estabelecido pelo
Município, cuja mensagem foi enviada ao Legislativo Municipal.
Astro conversou demoradamente com os
professores e com os demais servidores, garantindo que a matéria não entrará em
pauta até amanhã (22), quando os professores estarão reunidos com
representantes do Ministério Público.
Outras categorias do funcionalismo
municipal estão em estado de greve e garantem que o movimento paredista deverá
ser iniciado na próxima quinta-feira (23), caso não haja uma solução para o
impasse.
O secretário de Assuntos Políticos do
Município, ex-deputado Hélio Soares, foi chamado pelo presidente Astro de Ogum,
dialogou com as categorias e disse que ele e o presidente da Câmara vão
intermediar um encontro entre representantes dos servidores e o prefeito Edivaldo
Holanda Júnior.
“2% de aumento soa como um deboche, já
que, com esse percentual, o auxiliar administrativo da Prefeitura não
chegará a receber sequer o salário mínimo no próximo ano”, afirmou Francisco do
Vale.
Já os professores exigem reajuste de
11.36%, percentual estabelecido pelo Ministério da Educação, enquanto a
Prefeitura oferece uma contrapartida de apenas 8.50%, dividido em duas parcelas
e sem o retroativo.
PAIS CRITICAM GREVISTAS
Enquanto os professores ocupavam
a porta e o pátio da Câmara Municipal, nas galerias da Câmara, pais de
estudantes se concentraram para criticar os professores, em função da
greve, que eles consideram que prejudica mais é os estudantes.
O líder comunitário Daniel Vaz Abreu se
mostrava bastante revoltado. Falando em nome dos pais e responsáveis de
estudantes, ele disse que está faltando sensibilidade para os grevistas,
que não estão se importando com a classe estudantil.
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