Bruno pede perdão ao filho e quer
que corpo de Eliza apareça 9
O goleiro Bruno Fernandes, condenado a 22 anos de prisão pela morte
de Eliza Samudio, pediu para que os supostos envolvidos
na morte de sua ex-amante revelem o paradeiro do corpo, que até hoje não foi
encontrado. Eliza desapareceu em junho de 2010. A Justiça de Minas determinou a
expedição da certidão de óbito dela em janeiro deste ano.
"Eu até peço, nesta oportunidade que estou tendo,
que entreguem os restos mortais para que possam dar um enterro digno a esta
pessoa", disse Bruno, durante entrevista ao jornal Hoje em Dia, de Belo
Horizonte. O diário publicou neste domingo (11) uma longa entrevista com o
goleiro, que está preso na penitenciária de segurança máxima Nelson Hungria, em
Contagem, na região metropolitana da capital mineira.
O apelo veio como resposta a uma pergunta sobre a
hipótese de o filho de Eliza Samudio, cuja paternidade é atribuída a ele,
questionar no futuro o paradeiro do corpo de Eliza. O goleiro disse que espera
o perdão do menino, que atualmente mora com a mãe de Eliza.
"Mas é uma coisa que eu não posso fazer [revelar
onde está o corpo], não está na minha mão. Gostaria de poder fazer isso até por
tudo. Eu acho que seria pelo meu filho, pela família dela, pela minha família.
Seria importantíssimo nesse momento", teria dito Bruno.
O goleiro afirmou que espera poder se relacionar com a
criança e pediu perdão a ele.
"Se ele estivesse aqui do meu lado eu ia poder
pelo menos abraçá-lo e pedir perdão. Mas, com certeza, esse momento um dia há
de chegar. E eu preciso só de uma oportunidade para poder olhar nos olhos dele
e dizer, independentemente do que ocorreu, que ele me perdoe", afirmou ao
jornal.
Bruno
ainda disse amar o filho e aguarda uma chance de "tentar explicar tudo o
que aconteceu realmente, não o que foi veiculado, o que está dentro desse
processo".
Tentativa de suicídio
Tentativa de suicídio
Bruno admitiu que tentou o suicídio quando, segundo
ele, passou de "ídolo a presidiário".
"Eu tentei uma vez o suicídio. Pendurei um lençol
na janela, pedi perdão a Deus, primeiramente, sem saber do mal que eu estava
fazendo à minha vida e não ia ser perdoado nunca, e pulei no lençol. Fiquei
pendurado ali por 19, 15 segundos, mas arrebentou e eu caí no chão",
declarou.
O jogador disse que a realidade encontrada na prisão
fez com que ele ficasse deprimido.
"Você chegar em uma cela escura, fria, tendo que
passar a comer uma alimentação que não é boa. Acostumar, jamais, mas se adaptar
é muito difícil", explicou.
Bruno afirmou ter encontrado força para se reerguer em
uma bíblia que estava na sua cela. O jogador disse ter aprendido, com o passar
do tempo na prisão, ter mais humildade.
"Eu
acho que não precisa de muito para ser feliz. Você pode viver com o básico, com
as coisas mais simples, com as coisas que, às vezes, as pessoas lá fora não
enxergam, que é o amor. Então, hoje eu sou uma pessoa melhor, sou um ser humano
melhor", avaliou.
Fonte: Com
informações do Uol
Publicado Por: Alex
Gomes
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