Para o economista e ex-presidente do Banco Central,
Gustavo Loyola, o Brasil só voltará a crescer de maneira consistente em 2017, a
inflação dos dois próximos anos deverá ficar em 6,3%, o dólar deverá chegar em
R$ 2,60 já no ano que vem e a taxa básica de juros da economia, a Selic,
crescerá quase 1,25 pontos percentuais até final de 2015 e deverá ficar em
12,25% no ano que vem.
As conclusões fizeram parte da palestra de Loyola
ministrada no Dia do Empresário da Indústria de Imperatriz - organizado pela
Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (Fiema), por meio do Programa de
Desenvolvimento Associativo (PDA), em parceria com o Sebrae-MA, e realizado
durante a Fecoimp 2014. Cerca de 220 pessoas entre estudantes, professores
universitários e empresários da indústria da região tocantina participaram da
ação.
Segundo o economista, o ano de 2015 será mais difícil
do que 2014 está sendo por causa da experiência que o governo federal tem feito
em flexibilizar o tripé macroeconômico adotado desde 1999, e que tem sido usado
para manter a economia sobre controle: meta de inflação, câmbio flutuante e
controle fiscal.
“No ano que vem haverá a necessidade de realizar
ajustes nas tarifas públicas o que pressionará muito as contas nacionais. E o
cenário pode se agravar caso não se faça as correções na política econômica. É
necessário recuperar a confiança dos agentes econômicos, empresários e
consumidores, reduzir a inflação e retomar as reformas estruturais”, comentou
Loyola.
Quando tratou da Taxa Selic, Loyola foi enfático ao
afirmar que os juros em 2015 terão que ser aumentados. “O câmbio apreciado
deverá pressionar a política de juros e acreditamos que a Taxa Selic possa
chegar aos 12,25% já em 2015”, disse o ex-presidente do BC.
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