A IMPRUDÊNCIA DO GOVERNADOR
(*) João Melo e Sousa Bentivi (**)
Na parábola dos talentos, aprendemos que a quem muito é dado, muito será cobrado. Na vida é a mesma coisa. Isso falo em decorrência do episódio triste, protagonizado pelo governador do Maranhão, adentrando nas redes sociais, com acusações torpes e injustas, contra o candidato Eduardo Braide. Na mais rasteira e obtusa análise, se veria que o destempero do governador não foi apropriado.
Quando se compara com a resposta elegante, educada e correta do deputado Braide à cantilena leonina, vê-se a diferença de um jovem deputado estadista, para um governador que teima em ser um jovem ativista de DCE.
De início, o governador informa a sua eficiência governamental por ter feito uma escola, um parque, uma praça, uma unidade de saúde e ter feito o carnaval, festas juninas e o natal. Poderia ter ficado calado, às vezes a inteligência se perfaz em uma boca bem fechada, mas isso não aconteceu.
Muito antes do governador nascer, o Maranhão já se notabilizava por ter um grande carnaval de rua e a mais importante festa junina do mundo. É mais ou menos alguém, hoje, se achar o criador da roda. Aliás, ao se achar o criador do Natal do Maranhão, se o governante não se recorda por motivos ideológicos, essa história de Natal é decorrência do nascimento de um homem chamado Jesus, no ano primeiro da era cristã. Faz tempo e o mundo ainda não conhecia a maldição da foice e do martelo.
Em relação aos feitos no setor saúde, senhor governador, converse com os médicos, faça uma reunião com as entidades médicas. Mas se tiver temor em fazê-lo, poderia conversar com o senhor, mas poderia haver restrições em aprender comigo, então indicaria que conversasse, somente meia hora, com o senhor Ricardo Murad, o melhor secretário de saúde, da história do Maranhão eo senhor aprenderia muito. Creio que o senhor Ricardo Murad nada cobraria pela aula.
Querer associar o nome do deputado Braide com A, B ou C, aqui ou alhures, mostra que o governador está carente de argumentos ou desorientado. É necessário ser um aprendiz de ditador ou um tiranete mirim, para achar que o voto de um parlamentar correto (Braide o é) significa atrelamento ou obediência, e se essa é a prática aqui no Maranhão, é uma distorção imperdoável.
Para o bem da saúde moral do nosso governador, quero discordar da sua afirmação de que uma companhia ruim nos faz bandidos ou coisa semelhante, até por respeito a muito dos meus amigos, um exemplo é definitivo: os amigos e defensores do larápio Lula, são tão ladrões quanto ele? Para o bem de todos, respondo: NÃO. Do mesmo modo que andar com o bispo não faz ninguém de padre.
Mas o governador deveria usar a sua rede social para explicar o porquê de o Maranhão continuar na miséria, após oito anos ininterruptos de comunismo. Uma boa oportunidade. Prestar contas é uma obrigação da democracia, até para comunistas.
Quanto ao deputado Braide, gostaria de orientá-lo a responder essas e outras semelhantes, que certamente virão. Braide, use as palavras de Marco Túlio Cícero, no ano 63 a. C., para Lúcio Sérgio Catilina: Quo usque tandem abutere, Catilina, patientia nostra?
Tenho dito.
(*) Médico otorrinolaringologista, legista, jornalista, advogado, professor universitário, músico, poeta. Escritor e doutor em Administração, pela Universidade Fernando Pessoa, Porto, Portugal.
(**) Pode ser reproduzido, sem a anuência do aautor, em qualquer plataforma de comunicação.
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